4 de jul. de 2010

POR UM ROCK MAIS INCONSEQUENTE E DROGADO

Hoje não tem post. Tem um protesto.
Estava passando hoje na tv por assinatura um show recente de uma banda que admirei muito na década de 90, os RED HOT CHILLI PEPPERS.
O que vi me deixou pasmo.
A banda é a mesma da "formação clássica" dos (maravilhosos) albuns MOTHER'S MILK e BLOOD SUGAR SEX MAGIC, mas completamente sem punch, sem a tal energia que esses caras tinham. O que será que faltava? A platéia era imensa e, ao menos diante das câmeras, pareciam ávidos por um show de rock.
Por coincidência, há pouco tempo vi em dvd na casa de um amigo um show recente de outra banda incrível dos 80/90, o MINISTRY. E os caras estavam completamente alucinados no palco, sem compostura, sem moral alguma...evidente que eram as drogas!
Todos sabemos que os grandes discos de rock da história foram feitos a base de muita droga, não importa o tipo...anfetaminas, heroína, álcool, ácido, cocaína...foda-se. De Beatles (vide a fase RUBBER SOUL até o WHITE ALBUM) e STONES (EXILE ON MAIN STREET), passando pelos progressivos, pelos setentistas STOOGES, BOWIE, T-REX, SABBATH, chegando aos tresloucados 80...até os 90...TODOS OS GRANDES ÁLBUNS FORAM FEITOS SOBRE INFLUENCIA DE ALGUMA DROGA.
Porque porras agora roqueiro tem que parecer saudável? Quem foi que inventou essa regra?
Anthony Keids - agora sóbrio - acha que é cantor, que tem voz, que pode fazer maneirismos vocais.
Flea - o baixista sempre abobalhado-junkie (nao é uma ofensa) - agora tem certeza de que é um músico de primeira linha com domínio total de seu instrumento.
Qual a graça disso? Onde está aquela coisa espontânea que costumávamos ter em shows de rock?
É por isso que eu ainda pago um pau pro Pearl Jam. Porque O Eddie Vedder entra bêbado no palco. Quando não bebendo.
O rock não pode nem deve ser careta.
O rock tem que ser incosequente. De caretice já basta o dia-a-dia.
Rock tem que ser libertário. Dar ao público uma sensação, ao menos mínima, de que é possível se libertar e fazer o que quiser.
Nunca fui junkie, mas me identifico com os trabalhos mais tresloucados do rock, exatamente porque transcendem limites, não se apegam a mesmices.
Roqueiros: bebam, cheirem, injetem, fumem, absorvam...sei lá...façam alguma coisa com seus corpos e mentes que os façam produzirem bons álbuns e bons shows.
Depois internem-se...foda-se, to pouco ligando!

Nenhum comentário: